13 Dicas Para Compor Que Podem Soar Estranhas Mas Funcionam

13 Dicas Para Compor Que Podem Soar Estranhas Mas Funcionam

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E quando você pensa que já tentou de tudo…

Busque no Google “dicas para compor música” e você encontrará cerca de 3 milhões de resultados em 0.7 segundos. São muitas dicas.

Mesmo assim, há uma boa chance de que muitas delas não funcionam. Isso porque a composição é um processo subjetivo, pessoal.

Essas são dicas excepcionais. São as que colocam você e as suas idéias em primeiro lugar e lhe dão tempo para realmente imergir, experimentar e fazer suas músicas tomarem forma. É sobre olhar para dentro para encontrar aquele som que aquece e te faz presente.

Por essas dicas em prática pode fazer com que as pessoas ao seu redor perguntem se tudo está bem – algumas delas tendem a desencadear certos comportamentos estranhos.

Mas elas tem algo de especial por colocarem a sua subjetividade em primeiro lugar. Eis aqui 13 exercícios de composição que podem parecer incomuns mas têm o potencial de dar vida ao seu som.

1. Escute 5 Estações de Rádio Diferentes Ao Mesmo Tempo

Talvez você queira fazer isso quando estiver sozinho em casa. Caso contrário, tente manter o volume baixo. Isso definitivamente fará com que seus amigos perguntem se está tudo bem com você.

Mas o pior é que funciona! Tom Waits utiliza essa técnica durante o seu processo de composição. Ele liga algumas estações de rádio e tenta escutar algumas sobreposições que soem interessantes.

Progressões e melodias interessantes irão surgir diante dos seus ouvidos. Pense nisso como samplear de ouvido.

Esse tipo de composição absurda é uma forma de música aleatória. Trata-se da obra musical criada a partir de uma abordagem de composição que conta com o acaso como um de seus elementos. É a tempestade perfeita para a inspiração da música.

Se funcionou para Tom Waits, definitivamente vale a pena tentar. Então, ligue todas aquelas estações boas, lance os dados e ouça as belas ‘’paisagens’’ criadas pelas sobreposições.

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2. Olhe Pela Janela Por Um Tempo

Aquela janelinha da sala de música… A visão pode ser limitada – dela se vê apenas um pequeno quadrado azul, algumas nuvens, um pássaro ou um avião de vez em quando.

Mas a vista da imensidão ensina mais sobre si mesmo do que qualquer guia ou manual, e isso será refletido na música.

Não precisa ser exatamente uma janela, basta ser algo que transmita paz. Como um aquário tropical, ou uma linda peça de arte.

Nos dias de hoje você precisa se distanciar das distrações aceleradas que estão por todas as partes (computador, celular, etc.) para ter um tempo de silêncio e paz interna.

Assim que a experiência do silêncio acontece as portas se abrem para a composição.

Ou você acha que Brian Wilson compôs ‘Good Vibrations’ enquanto respondia a um email, chamava um Uber, checava suas reproduções no SoundCloud e tweetava sobre o clima ao mesmo tempo?

Sabemos que não.

3. Fale menos. Ouça mais.

A composição só tem a agradecer quando você assume um compromisso com o silêncio.

Para alguns, talvez um dia inteiro de silêncio seja muito. Afinal, pra gravar aqueles vocais magníficos é preciso falar.

Mas não é nenhum segredo que o silêncio faz muito bem para você. Uma hora de silêncio já é um tempo considerável para recompor a sua mente.

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Talvez não seja óbvio, mas falar é uma tarefa grande e complexa a ser realizada pelo cérebro. A prática do silêncio prepara a mente criativa ao nos induzir a um estado de contemplação.

E durante um tempo prolongado de silêncio, aquelas memórias e sentimentos emergirão na superfície da sua mente prontos para dar forma a uma composição.

Por isso, afaste-se um pouco do chat e busque o silêncio interior. Fale consigo mesmo e deixe a inspiração seguir o seu curso.

4. Estabeleça um Limite de Tempo Absurdo

Sabia que Diamonds da Rihanna foi composta por Sia em 14 minutos. Ela fez o beat e as letra fluiu sozinha. A canção ganhou disco platina 5 vezes apenas nos EUA.

Não é fácil aproveitar o tempo do jeito certo. Quando há muito você acaba se perdendo das metas, quando há pouco, nada é concluído.

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A solução? Defina um limite de tempo. Ou melhor, defina um limite de tempo que é bem mais curto do que o que você escreve normalmente.

Definir limites curtos irá ajudá-lo a se concentrar no que realmente importa, escrever mais músicas e agilizar todo o processo. E quanto mais você fizer, melhor vai ficar.

Experimente e veja o resultado prático em sua música.

5. Abra seu Piano Roll e “desenhe” com o MIDI

Desenhar e rabiscar com um punhado de lápis ao mesmo tempo era um dos melhores sentimentos do jardim de infância.

Essa diversão continua com o MIDI, os desenhos e rabiscos agora acontecem dentro do DAW.

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Quando se está construindo um beat, faz bem abrir o piano roll, carregar um instrumento e utilizar a ferramenta caneta para rabiscar algumas notas.
Depois de terminar, é hora de escutar o que deu certo acidentalmente.

Na maioria das vezes, 90% do que surge não servirá para muita coisa. Mas esses 10% têm o potencial de ser bastante interessante e valioso. Então pegue o seu DAW e pense como uma criança de 5 anos de vez em quando.

6. Escreva o Menor Número de Letras Possível

Aqui está uma boa sugestão se você estiver bloqueado: VÁ DIRETO AO PONTO.

Quando se trata de composições, o menos é mais na maioria das vezes. Mas esse exercício não é fácil na prática, é necessário estar confiante.

Basta perguntar aos Beatles. A música ‘Love Me Do’ tem exatamente 19 palavras únicas nele. Mas ainda é uma das músicas mais emblemáticas de todos os tempos.

Simplicidade é uma habilidade fundamental para qualquer compositor. Ele mantém suas músicas tangíveis e cativantes. Quem não gosta de ter o público cantando junto?

7. Traçe um Limite

O infinito existe. A única prova que você precisa é uma página em branco do seu DAW. Existem infinitos plugins VST, efeitos e processamentos.

Mas ter acesso ao infinito não necessariamente te faz concretizar mais composições. Às vezes, a melhor maneira de melhorar sua composição é definir uma quantidade limitada de ferramentas a serem usadas.

Comece com uma lista rigorosa do que você vai usar. Ajuste suas idéias à sua lista de ferramentas. As idéias tendem a tomar forma muito mais rápido quando não temos que decidir constantemente entre inúmeras opções.

Pode parecer contraditório, mas as limitações podem realmente torná-lo mais criativo. Isso porque elas te obrigam a criar de forma autêntica utilizando o mínimo.

Tais limitações farão com que você adquira uma compreensão mais profunda das ferramentas com as quais você trabalha, porque você terá que usá-las até o limite.

8. Corte suas Canções em Diversos Pedaços

O autor William S. Burroughs criou a técnica de corte para otimizar sua própria escrita. Ele não estava ele não escrevia músicas, contudo, mas sim livros.

Seu conceito é super efetivo para composição ainda assim. Trata-se de algo simples. Basta escrever uma profusão de palavras que habite a sua mente, cortá-las e reorganizá-las em forma de idéias.

Você não precisa utilizar palavras necessariamente. Tente também com acordes, notas, melodias, imagens ou qualquer outra coisa que funcione bem para você.

David Bowie usou essa técnica para escrever alguns dos seus maiores sucessos. Ele explicou sua própria técnica de corte neste documentário da BBC:

9. Crie um Sistema de Recompensa

Quando Brian Wilson estava enfrentando adversidades com sua composição—dentre outras coisas—ele era recompensado com cheeseburgers por cada música que escrevia.

O sistema no qual Brian estava imerso era bastante extremo. Mas o conceito é realmente inteligente, escrever boas músicas não é tarefa fácil.

Recompense-se quando terminá-las.

Se há um equipamento que você deseja adquirir, diga a si mesmo que você tem que escrever 5 músicas antes mesmo de pensar em comprar.

Isso lhe dará algo extra para ir atrás além da satisfação de ter concluído uma música – o que já é uma recompensa bastante grande por si só.

10. O Efeito Mozart

Não, não vou falar para ouvir Mozart e depois fazer o que ele fez. Isso seria um pouco utópico, certo?

Mas há outro motivo para ouvir Mozart. Foi estudado e comprovado que ouvir Mozart tem um efeito positivo na sua cognição.

Isso afeta seu “raciocínio espacial-temporal”. O que basicamente é uma palavra extravagante para concentração. Iniciar sua sessão com um pouco de Mozart colocará seu cérebro em alta velocidade.

Isso é ótimo para alavancar algumas boas canções. Copiar algumas das suas frases e melodias também não dói… Apenas assegure-se de ser autêntico ao mesmo tempo!

11. Copie uma Música Inteira de Cabeça

Como soaria se você tentasse regravar Bohemian Rhapsody agora mesmo sem escutar a canção original novamente para refrescar a memória?

Provavelmente sairia algo nada parecido com o original! É por isso que o exercício da cópia, mesmo que imperfeita, tem o potencial de ser uma ótima estratégia criativa.

Esse método certamente funcionou para o Dave Longstreth do Dirty Projectors. O LP Rise Above, de 2007, é um cover completo do album Damaged, de 1981, do Black Flag.

Longstreth aparentemente não havia escutado as canções originais por diversos e o resultado foi uma releitura extraordinariamente criativa do álbum clássico.



12. Utilize Técnicas Estendidas

Técnicas estendidas consistem em tocar o seu instrumento do jeito “errado”.

O conceito foi desenvolvido no século 20 para motivar os compositores a expandir as fronteiras do que era possível na instrumentação tradicional.

O exemplo mais notável é talvez o “piano preparado”de John Cage que possuía garfos entre as suas cordas e objetos dispostos em sua estrutura.

O ponto é que técnicas estendidas não são típicas somente da música acadêmica. Talvez até mesmo a decisão do Dave Davies de quebrar o cone do alto falante do seu amplificador em “You Really Got Me” possa ser considerada uma técnica extendida.

Aquele som áspero e distorcido deu o tom para toda uma geração de música—o nome disso é criatividade!

Implemente técnicas estendidas na sua composição.

13. Aprenda uma Nova Escala

Mergulhar em novos conceitos de teoria musical é sempre uma boa maneira de estimular a sua composição.

Assim como elas são úteis, as escalas menores, maiores e pentatônicas podem soar estagnadas e repetitivas em certos contextos musicais.

Porque não incorporar escalas mais incomuns no seu processo criativo?

Você sabe sobre osmodos gregos?

Que tal experimentar com a escala de tons inteiros ou com a microtonalidade da escala Euler-Fokker?

Caso você não tenha tempo para estudar e praticar escalas exóticas no seu instrumento, talvez as ferramentas de sequenciamento MIDI possam servir de atalho, elas facilitam a disposição de notas dentro de uma escala específica.

Quem Nunca Travou?

Conceber uma música consistente exige esforço.

Às vezes são necessárias medidas drásticas para conferir fluidez às suas composições.

Então pense fora da caixa e conecte-se com a maior e melhor fonte de composição:

Você mesmo.

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Gabriel Valente

Gabriel é um músico apaixonado pelas paisagens sonoras do Brasil. Recém radicado em Montreal, ama pedalar pelas ruas da cidade e acredita na força do som e dos encontros.

@Gabriel Valente

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